Friday, December 14, 2007

Meme da página 161

Maísa, do vocetalendooque, me inluiu na lista de contatos para participar do meme da página 161. Tal meme propõe para os blogueiros convidados (convocados): 1. pegar o livro mais próximo (não vale qualquer seleção, tem de ser o livro mais ao alcance da mão), 2. abrir na página 161, 3. identificar a quinta sentença com sentido completo da dita página, 4. publicar a sentença encontrada no blog, 5. convocar outros cinco blogueiros para a aventura. Já participei desse meme lá no Boteco Escola, mas não posso deixar de atender a um pedido da Maísa. Vamos lá então. O que encontrei na obra que estava mais ao alcance de minha mão tem a seguinte quinta sentença na página 161:

Gallese and Lakoff summarize their notion of multimodality as follows: "To claim, as we do, that an action like grasping is 'multimodal' is to say that (1) it is neurally enacted using neural substrates used for both action and perception, and (2) that modalities of action and perception are integrated at the level of sensory-motor system itsef and not via higher association areas".

O trecho aqui transcrito está em The Meaning of the Body -Aesthetic of human understanding, obra de Mark Johnson, The University of Chigago Press, 2007. Johnson, filósofo com muito interesse pela filosofia da linguagem, desenvolve uma proposta de continuidade da elaboração de significados sem as separações clássicas de corpo e mente, matéria e espírito, compreensão e percepção, conhecimento e experiência etc. Leitura indispensável para gente interessada em ciências do conhecimento. Recomendo sobretudo o capítulo 11: Music and the Flow of Meaning.

Enviarei o desafio do meme da página 161 para os seguintes blogueiros:

Thursday, December 13, 2007

Aí ... aí ... aí ... aí ...

De uns anos para cá tenho reparado que adolescentes e jovens usam a torto e a direito aís para articular narrativas. Hoje passei por uma adolescente que contava para outra um caso qualquer. A fala da moça esteve ao alcance de meus ouvidos por um minuto. Nesse curto período, a narradora usou uns oito aís: ... falei x para ele ... aí ele me disse ... aí chegou fulana ... aí ele me disse ... aí ... Que está acontecendo? Todos esses aís são um sintoma de empobrecimento do discurso de nossa garotada? Ou o caso é apenas uma moda passageira? Minha desconfiança é a de que há um empobrecimento de linguagem, ou pelo menos algum tipo de preguiça mental, pois tal excesso de aís é indicador de uma fala infantil. Alguém tem alguma explicação mais fundamentada que essa minha desconfiança?